Ozônio Gasoso

Tratamento do Ar de Ambientes com Ozônio (oxi-sanitização)

A qualidade do ar que respiramos em casa, no carro ou no trabalho, bem como a qualidade do ar de uma atividade fabril de processamento de carnes ou de estocagem, por exemplo, influencia diretamente em nossa saúde e na qualidade do que estamos produzindo.

O ozônio quando aplicado em sua forma gasosa pode propiciar um alto nível de descontaminação do ar e das superfícies de objetos em ambientes residenciais, corporativos e na indústria. 

Esta técnica de descontaminação avançada de ambientes que usa ozônio como ativo sanitizante se chama oxi-sanitização. 

A oxi-sanitização possui um diferencial em relação às técnicas convencionais de sanitização, uma vez que atua tanto na desinfecção contra contaminantes de ordem química (compostos químicos poluentes), quanto contra contaminantes de ordem microbiológica como (bactérias, vírus e fungos).

O ozônio e a oxi-sanitização têm o poder de degradar quimicamente compostos químicos, bem como de atuar sobre todo o espectro de micro-organismos, propiciando um elevado grau de desinfecção. 

Vale lembrar que o uso do ozônio gasoso em ambientes deve ser feito sem a presença de pessoas e animais, com uso de EPI como uma máscara de carvão ativado e óculos de proteção, vide que o ozônio é tóxico se for respirado.

Silos

Os grãos são de grande importância no mundo todo, sendo seu tratamento e armazenamento um fator muito relevante para a garantia de sua longevidade e qualidade.

O uso inadequado dos inseticidas e, muitas vezes, acidentes durante o uso, causam diversos problemas ambientais, causando desequilíbrio ambiental, provocando a resistência de insetos. 

Por consequência, acarreta o aparecimento de novas pragas, contaminação de água e solo, além de interferência na saúde humana, com vários tipos de intoxicações que podem levar à morte (LONDRES, 2011). 

O gás ozônio tem sido uma alternativa no controle de insetos-praga de grãos armazenados, como inibidor de formação de bolores (com consequente mitigação do risco de libertação de micotoxinas).

O uso do ozônio como um fumegante se mostrou mais ecológico.

Câmara de vácuo

Nos últimos anos, em resposta às exigências dos consumidores para aditivos “mais verdes”, a indústria de alimentos tem procurado utilizar alternativas cada vez mais saudáveis, eficientes e ambientalmente corretas em seus processos de fabricação. 

Diante deste cenário, a multifuncionalidade do ozônio o torna um agente promissor no processamento de alimentos. Natural e barato, o gás não deixa resíduos, não altera a composição nutricional, melhora cor, sabor e aroma da maioria dos alimentos, e o único resíduo gerado é o oxigênio, tornando-o um aditivo extremamente seguro. Em particular, o FDA (Food and Drug Administration) e o USDA (US Department of Agriculture) já regulamentaram o uso do ozônio em ambientes e diretamente em alimentos. 

Para a ANVISA e o Ministério da Agricultura, apesar de ainda não regulamentado, o uso do ozônio (O3), bem como outras atmosferas modificadas (O2, N2, CO2), não é proibido, e permite uma maior preservação das características originais dos produtos embalados. 

Atualmente, as indústrias brasileiras de alimentos têm investido em câmaras de vácuo para tratamento com ozônio. Sua aplicação em atmosfera negativa tem demonstrado um aumento na capacidade de penetração e distribuição uniforme do gás, inclusive em produtos embalados (em plástico ou papel), reduzindo o tempo de tratamento e melhorando resultados.

Câmaras frias

As fontes de contaminação em alimentos incluem a manipulação, animais, insetos, utensílios e componentes estruturais como portas, paredes e teto de armazéns e câmaras frigoríficas. 

Para alimentos refrigerados, a estocagem em câmara fria é uma etapa importante e o uso do gás ozônio é uma alternativa para aumento de shelf life dos alimentos.